550 Palavras


Acordou no meio da noite enregelada. Havia caído em um buraco quando caminhava perto da floresta e agora ninguém ouviria seus gritos de socorro. Não naquela noite em particular. Era a noite em que o Coven se reunia no mais escuro da floresta. Os druidas e as sacerdotisas estariam em meio a seus rituais mais secretos e não se aperceberiam da ausência de apenas mais uma das inúmeras acolitas ainda em início de treinamento, e ela, uma das mais insignificantes, a que sempre fazia tudo errado, e só levava repreensões! Era melhor mesmo ficar por ali, quietinha...

Olhou para cima e reparou que a lua estava aparecendo... Cheia! Poderia enxergar alguma coisa, pelo menos enquanto seu curso passasse por cima de onde ela estava. Bom, não adiantaria ficar se lamentando, teria mesmo que esperar o amanhecer, quando certamente alguém passaria por ali. Era o caminho habitual entre a aldeia e as fazendas, quando poderia ouvir os passos ou vozes de quem transitasse pela estrada e então pediria ajuda.

Resignou-se e resolveu acomodar-se melhor para tentar dormir. Isso durou pouco, quando parecia que já ia dormir algo apareceu e ela até pensou estar sonhando. Um ser estranho, que voava para cima e para baixo, entrando e saindo do buraco e rindo, rindo, rindo...

Ela começou a ficar com raiva, muita raiva, queria agarrar aquela figurinha de qualquer jeito, ele não parava de provocá-la...

"O que é que você quer? Foi você que me fez cair aqui? Me tire daqui, me tire daqui!"

"Ora, ora, ora...Se não é a pequena Raven, que sempre esbraveja quando está a sós e jura se vingar de todos que a atacam e humilham!"

"Sim, sou eu, não nego, farei tudo para que paguem o que me fizeram! E você, quem é e o que é que quer de mim?"

"Apenas um dos, por assim dizer, criados, de seus mestres, daqueles que tanto odeia. Estou aqui por ordem do Coven, que resolveu que eu a confinasse aqui até o término da reunião, quando será chamada para saber seu destino."

"Eu não aceito! Nunca quis vir para cá, odeio tudo e todos daqui e da aldeia, só vim porque, se não viesse, meus pais me dariam destino pior, casar ou me trancar num convento, não sei de prisões piores, aqui, pelo menos, ando solta por onde quero."

Enquanto isso, a reunião do Coven ia adiantada, os Chefes das Sacerdotisas e dos Druidas terminavam seus rituais, e resolveram mandar chamar Raven, que foi logo trazida para o meio do círculo.

"Raven, você sabe porque está aqui? Sabe o que a espera?"

"Não, Senhora, sei apenas que sou a única de suas acolitas que faz tudo errado, se não sou castigada fisicamente, tenho que cumprir as piores tarefas do Templo, sempre fico por último."

"Menina, não é nem nunca foi a única mas assim mesmo terá de ser castigada, desrespeitou as normas do Templo, deixando que seus instintos a dominassem quando a repreendíamos.Permanecerá no Templo, confinada, até que seus instintos sejam disciplinados. |Não somos cruéis como imaginava, mesmo que, para você, esse seja o pior castigo que poderíamos ter escolhido."

Raven, então, fez o que há muito tempo jurara fazer, atirou-se ao pescoço da Sacerdotisa e o apertou até sufocá-la, já não mais importava o que fizessem com ela, vingara-se.

1 comentários:

Aguinaldo disse...

A história é interessante, mas está mal planejada. Tanto a seqüência do poço quanto a conversa com o ser mágico são desnecessárias. Seria melhor concentrar no julgamento da Raven, trabalhando o dialogo para ir revelando a verdadeira natureza dela ao poucos...
Como você desperdiçou palavras no inicio, o final ficou muito abrupto...

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