O tecnomago resolveu um dia
Que iria se tornar o maioral.
Para isso, ele sabia,
Teria que matar o resto do pessoal.

Adentrou sua torre, muito resoluto.
Tentou ligar sua oniro-tela
Sem sucesso, ficou muito puto
E a jogou pela janela.

Porém, não desistiu.
Ora essa, muito pelo contrário!
Respirou fundo e prosseguiu.
Não queria parecer um otário.

Adentrou a Escola de CyberMágica,
O rosto muito determinado.
Aconteceu uma coisa trágica:
De lá, foi chutado.

Mas já sabia o que fazer
Para alcançar seu objetivo.
Foi sem esmorecer
Procurar seu pai adotivo.

'Senhor, meu pai muito querido,
Por favor, me dê seu auxilio.
Quero ser um líder temido
Preciso do Oniro-Processador de Lítio.'

Na cidade de NeoAvalon, onde tudo é magia,
Só é permitido se falar em rimas.
O pai, apesar do amor que sentia,
Sabia que ele não era de obras-primas

Desta vez, deixou passar.
Não foi tão ruim assim.
"Claro que vou emprestar.
É só isso que quer de mim?"

O jovem resistiu a tentação
De aproveitar a boa vontade paterna.
Então não pediu o carrão
Com decoração interna.

Satisfez-se com aquele equipamento
E foi para o centro da cidade.
Ali iria causar sofrimento
Dor e muita infelicidade.

Passou um bom tempo a trabalhar.
Puxou fios para todo lado.
Demorou para terminar.
Mas o OPL foi montado.

Apertou duas teclas e um botão
E viu a máquina se energizar.
Fez pose de machão
E ficou a esperar.

Quando nada aconteceu demais,
Ele ficou muito surpreso.
E olhou para trás.

Não, não era possível.
No centro da tela piscava:
'Função não-disponível'.

F I M

3 comentários:

Anônimo disse...

Excelente miniconto, Ana. Parabéns!

Anônimo disse...

Muito bom, excelente. O vocabulário poderia ser mais caprichado, mas tá rimando, isso que importa. Mas o tom é perfeito, a idéia muito criativa, divertida e tem referências no salão da sci-fi suficiente para nossa mente preencher as lacunas que este tipo de texto deixa por sua natureza. Grande :)

Alexandre Lancaster disse...

BWAHAHAAHHAAHAHAHHAHAHA

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